Projeto de pesquisa e performance de Daniel Pizamilgio e Miguel Oliva Teles que parte da instrução “POR FAVOR, OLHAR COMO SE FOSSE A PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ” para recolher e ativar modos de estar e criar no encontro. 

Em cada uma das séries do projeto, acontecem, geralmente, dois momentos: um de recolha e um de partilha/ativação. No primeiro momento os artistas recolhem, junto de cada participante, o que as noções de PRIMEIRA VEZ e ÚLTIMA VEZ lhes suscitam (imagens, conceitos, sensações, experiências, etc). Este material, tanto no próprio momento do encontro, como posteriormente, é ativado e partilhado de diferentes formas:

- PRÁTICAS CORPORAIS, dentre as quais um exerício de atenção e cuidado que se centra no quase contacto entre as mãos de quem participa e que parte da instrução de OLHAR COMO SE FOSSE A PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ.

- FRASES-POEMA, breves frases que enunciam, numa síntese poética, alguma das imagens, conceitos, sensações, experiências, etc que partiram das noções de PRIMEIRA E ÚLTIMA VEZ de cada participante.

- PALAVRAS-OPERATIVAS, depuradas a partir das frases-poema para sugerir e estimular modos de estar e de criar no encontro (com o outro, com as coisas, com o mundo).

- CHARCO, instalação que dispõe estendidos no chão uma série de cartões contendo as frases-poema e as palavras operativas. É ao redor desta instalação que, nalgumas das séries do projeto, os artistas partilham com os participantes o material recolhido, para a partir daí serem ativados em exercícios e práticas.

- ENSAIOS que refletem toda a experiência e material recolhidos ao longo do projeto.

- OUTROS OBJETOS, como o FILME apresentado no programa “Recolher Obrigatório” do TBA - Teatro do Bairro Alto, resultado da montagem dos registos em vídeo dos encontros da primeira série.


primeirayultimavez
Daniel Pizamgilio (Fortaleza, 1988) é criador, performer e pesquisador. Durante a sua formação inicial em dança, em Fortaleza, encontrou o coreógrafo João Fiadeiro e mudou-se para Lisboa em 2012, onde atualmente vive e trabalha. Nos seus trabalhos busca materializar algo entre a poesia e o corpo, e como ativar a corporalidade dos afetos e da relação.


Miguel Oliva Teles (Porto, 1989). Formou-se como médico na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Em 2015 mudou-se para Lisboa, onde exerce Medicina Interna e Cuidados Paliativos. Atualmente estuda filosofia pela University of London. Publicou o primeiro livro de poesia “Errando” (Urutau, 2021). Procura na escrita um espaço onde se cruzem a vida, a poesia e a filosofia.


@daniel___pizamiglio 
@migueloteles

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